

2020 tem mais de 15 mil ações da ANP
Inmetro vai intensificar fiscalização em postos de gasolina
Ipem-SP autua posto de combustível na zona sul
ABPP promove curso online de proteção passiva contra incêndio
ALE amplia atuação em Minas Gerais
BR anuncia fechamento da operação de Aquisição da Targus
Cadeia do etanol torce por reajuste cheio da gasolina para minimizar novo ICMS em SP
A cadeia do biocombustível de cana e milho está olhando com lupa o tamanho do reajuste que a Petrobras (PETR3; PETR4) deverá estender à gasolina, diante da força do petróleo, para saber como se dará a relação de preços com o aumento do imposto estadual em São Paulo.
É relativamente simples para o analista e trader Martinho Ono. Um repasse cheio pela valorização do óleo cru, que mostra alta desde ontem – nesta terça sobe em torno de 0,70%/R$ 53,90, às 11h45 (Brasília) – pode anular ou empatar o efeito do aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o etanol.
A base líquida passa de 12% para 13,3% de recolhimento, a partir do dia 15, junto com outras elevações que impactarão várias cadeias produtivas no Estado.
Para o CEO da SCA Trading, pela fotografia de agora, o custo maior para as usinas e destilarias sairia entre R$ 25 a R$ 30 o metro cúbico, se o novo ICMS já estivesse valendo,
“E tiraria a competividade do etanol entre R$ 0,02 e R$ 0,03 centavos por litro na bomba”, reflete Ono, considerando, portanto 1,3% de repasse na cadeia, que é a diferença entre o que a fábrica recolhe hoje e o que recolherá com a nova alíquota a partir da segunda quinzena do mês.
Em relação à sistemática de reajustes da gasolina via petróleo, já há um potencial para a estatal dar até R$ 0,13 de acréscimo ao combustível A, o que “deixa a gasolina C entre R$ 0,08 e R$ 0,10 mais cara”, explica Martinho Ono.
“Estamos esperando, sim, que a Petrobras promova novo aumento da gasolina esta semana”, complementa, observando, também, melhora “discreta” dos preços do etanol desde ontem nas indústrias.
Na sua opinião, as distribuidoras e usinas estão cautelosas esperando essa correlação, gasolina mais alta versus ICMS também.
O último aumento do combustível de petróleo foi de 5%, em 29 de dezembro.
E o etanol hidratado veio de 0,36% de alta na semana passada, segundo o Cepea/Esalq, estimulado pela maior movimentação das festas de fim de ano.